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Lição 04: Jeremias 18 a 20 – Como Barro nas Mãos do Oleiro | EBD PECC | 3° Trimestre de 2025

  • pastorivolucio
  • 20 de jul.
  • 14 min de leitura

Texto Áureo

“Como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.” Jr 18.6Jeremias 18.1-23

Verdade Prática

Deus molda o Seu povo como o oleiro o barro, chamando à obediência e ao arrependimento.



INTRODUÇÃO

Os capítulos 18 a 20 de Jeremias trazem mensagens fortes sobre a soberania de Deus, o juízo sobre Judá e o sofrimento do profeta. Deus usa a metáfora do oleiro e do barro para mostrar que Ele molda e transforma aqueles que se submetem à Sua vontade, mas também para mostrar que Ele pode rejeitar os que endurecem o coração, como simboliza a botija quebrada. Já no capítulo 20, vemos o lamento de Jeremias diante da perseguição e prisão.


I- DESCE À CASA DO OLEIRO (18.1-23)


O oleiro é um artesão que fabrica vasos e utensílios de cerâmica a partir do barro. Esse ofício é um dos mais antigos da humanidade e tem grande valor simbólico na Bíblia. Deus usa a imagem do oleiro para revelar Sua soberania sobre Israel: assim como o oleiro molda o barro, Deus tem autoridade para edificar, transformar e disciplinar o Seu povo.


Ao ordenar que Jeremias descesse à casa do oleiro, Deus estava ensinando uma lição profunda sobre submissão e transformação. O oleiro representa o próprio Deus, e o barro representa o povo. Assim como o oleiro tem autoridade sobre o barro para moldar e refazer, Deus tem total soberania sobre nossas vidas.


Essa ilustração mostra que, se o povo se arrependesse, Deus estava disposto a restaurar. Mas se resistisse, enfrentaria juízo. A lição é clara: enquanto formos moldáveis, há esperança; mas se endurecermos, nos tornamos como um vaso rachado — sem uso e pronto para a destruição.


Essa metáfora continua extremamente atual. Quantos hoje rejeitam a correção de Deus por orgulho ou religiosidade vazia? Precisamos lembrar que Deus trabalha com quem se deixa moldar. Humildade e obediência são fundamentais para sermos vasos de honra em Suas mãos.


1- A importância de ouvir a Palavra de Deus (18.2) Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? – diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.


Ao ordenar que Jeremias descesse à casa do oleiro, Deus lhe ensina que obedecer requer disposição e humildade. Muitos ignoram essa voz por orgulho ou autossuficiência, pois confiam mais em sua experiência e conhecimento do que na direção de Deus. Contudo, a verdadeira transformação vem da submissão à Sua Palavra. A mensagem de Jeremias a Israel era clara: se o povo se arrependesse, Deus o restauraria; caso contrário, enfrentaria o juízo divino. O mesmo princípio se aplica hoje. O coração endurecido impede que a vontade de Deus seja realizada na vida das pessoas, tornando-as como vasos rachados, incapazes de receber o que Deus deseja derramar. Muitos servos de Deus na Bíblia buscaram ativamente ouvir Sua voz. Moisés subiu ao monte e recebeu os mandamentos; Samuel aprendeu a discernir a voz do Senhor desde a infância; os discípulos seguiram a Cristo porque reconheceram que Suas palavras eram de vida eterna. Assim como Jeremias obedeceu prontamente à ordem divina, aqueles que dão ouvidos ao Senhor encontram direção e transformação.


Ao mandar Jeremias observar o oleiro, Deus estava dizendo: “Preste atenção no que Eu faço.” A ordem exigia humildade e prontidão para aprender. Assim também é conosco: ouvir a Palavra de Deus vai além de escutar — é descer, se colocar em posição de dependência, e estar sensível ao que o Senhor quer ensinar.


O povo de Israel achava que, por ser o povo escolhido, estaria sempre seguro. Mas Deus deixa claro: se não ouvir e obedecer, será rejeitado. Isso vale para nós também. Quem endurece o coração, por orgulho ou religiosidade, impede que Deus molde sua vida.


A Palavra é o que nos transforma. Quando a ouvimos com atenção e abrimos o coração, permitimos que Deus nos refaça, nos limpe, nos fortaleça. É por isso que tantos personagens bíblicos foram transformados ao ouvirem a voz de Deus — Moisés no monte, Samuel ainda menino, os discípulos à beira-mar. Quem ouve com fé, vê mudança.


2- A casa do oleiro (18.6) Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.


Na casa do oleiro, Jeremias observa um processo que reflete a relação entre Deus e Seu povo. Ο oleiro molda o barro com paciência, corrigindo imperfeições e dando–lhe uma nova forma quando necessário. Assim também Deus age com Seu povo: Ele não descarta aqueles que falham, mas os transforma para que cumpram Seu propósito. O processo do oleiro exige habilidade e tempo. Da mesma forma, Deus trabalha na vida do cristão, permitindo experiências que moldam seu caráter. Quando um vaso se quebra, o oleiro pode refazê-lo, mas se o barro endurecer, torna-se inútil. Isso nos ensina que a maleabilidade espiritual – a disposição para ser moldada por Deus – é essencial para cumprir Seu propósito. Na olaria da vida cristã, Deus usa circunstâncias e provações para moldar Seus filhos. Ele deseja que sejamos vasos de honra, úteis para Sua obra. Contudo, aqueles que resistem à Sua vontade podem acabar quebrados, incapazes de serem usados para um propósito nobre.


Na casa do oleiro, Jeremias vê mais do que um ofício — ele contempla uma mensagem viva. O oleiro trabalha com paciência, recomeça quando o vaso se estraga e molda cada detalhe com propósito. Deus age da mesma forma com o Seu povo: Ele não desiste de nós quando falhamos, mas deseja nos refazer para cumprir Seus planos.


Essa cena mostra que Deus não se apressa nem trabalha com pressões humanas. Ele molda com tempo, com amor e com justiça. No entanto, se o barro endurece, torna-se inútil — e assim também acontece com o coração que resiste à correção divina.


A casa do oleiro é símbolo do processo espiritual. É onde Deus trata nosso caráter, corrige nossos caminhos e nos torna vasos de honra. Cada dificuldade pode ser uma etapa do molde. A pergunta é: estamos permitindo que Deus nos trabalhe, ou estamos endurecendo ao ponto de sermos descartados?


3- Apenas barro (18.10) Se fizer o que é mau diante de mim, para não dar ouvidos à minha voz, então me arrependerei do bem com que tinha dito que o beneficiaria.


O barro por si só não tem valor, mas, nas mãos do oleiro, pode se tornar um vaso útil. Esse processo inclui purificação, amassamento, moldagem, secagem e queima no forno. Da mesma forma, Deus purifica, disciplina e transforma aqueles que O seguem, tornando-os instrumentos eficazes para Sua obra. Israel acreditava que sua posição como povo escolhido o tornava intocável, mas Deus deixa claro que, se o povo persistisse no pecado, enfrentaria o juízo. O mesmo acontece com o cristão que, ao endurecer o coração, impede que Deus o molde. A verdadeira aliança com Deus não está apenas em palavras ou tradições, mas em um coração disposto a obedecer e se deixar transformar. A metáfora do barro também nos ensina que ninguém é autossuficiente. Sem Deus, somos frágeis e sem propósito, mas em Suas mãos, podemos ser usados para Sua glória. Aqueles que permitem que Deus os molde se tornam vasos de honra, preparados para toda boa obra.


Jeremias nos lembra que, por mais talento, conhecimento ou posição que tenhamos, ainda somos apenas barro — frágeis, dependentes e sem valor fora das mãos do Oleiro. O valor do barro está no que o oleiro faz com ele. Da mesma forma, nosso valor está em sermos moldados por Deus para cumprir Seus propósitos.


O povo de Judá confiava em sua identidade religiosa, mas vivia em desobediência. Achavam que, por serem o povo de Deus, estavam seguros — mesmo rejeitando Sua voz. Mas Deus deixa claro: se o barro se recusar a ser moldado, Ele pode rejeitá-lo.


Essa é uma advertência direta. Não basta ter aparência de piedade ou se apoiar em tradições. É necessário ter um coração ensinável e obediente. Só assim Deus pode transformar um simples barro em vaso útil. E se Ele nos molda com dor ou fogo, é porque está nos preparando para algo maior.


II- UMA BOTIJA QUEBRADA (19.1-15)


Após a experiência na casa do oleiro, Deus ordena que Jeremias compre uma botija e a quebre diante dos anciãos do povo e dos sacerdotes. Esse ato simbólico representava a destruição irreversível de Judá devido à sua desobediência e idolatria. O povo endureceu o coração, rejeitou a correção divina e agora enfrenta as consequências de seus pecados.


Depois de mostrar o vaso sendo moldado, Deus manda Jeremias comprar uma botija já pronta — rígida, seca e inútil para remodelagem — e quebrá-la diante dos líderes de Judá. Esse gesto simbólico revela algo impactante: o tempo de moldar havia passado. Agora, o juízo era inevitável.


Enquanto o barro pode ser refeito, a botija quebrada não. Judá havia rejeitado tantas vezes o chamado ao arrependimento que o endurecimento do coração se tornou irreversível. A destruição viria como consequência de sua idolatria e desobediência.


É um alerta forte: há tempo para moldagem e há tempo para juízo. Quando a voz de Deus é repetidamente ignorada, pode chegar um ponto onde não há mais retorno. Por isso, precisamos aproveitar enquanto ainda é tempo de sermos moldados.



1- Compre uma botija de oleiro (19.1) Assim diz o Senhor: Vai, e compra uma botija de oleiro, e leva contigo alguns dos anciãos do povo e dos anciãos dos sacerdotes.


A botija simboliza Israel, formado por Deus, mas endurecido pelo pecado. Diferente do barro moldável da casa do oleiro, a botija era rígida e, uma vez quebrada, não poderia ser refeita. Isso mostrava que Judá havia chegado a um ponto sem retorno, tornando inevitável o juízo divino. O profeta deveria levar consigo os anciãos do povo e os sacerdotes para testemunhar a cena. Esses líderes tinham a responsabilidade de guiar espiritualmente a nação, mas falharam ao permitir que a idolatria dominasse Jerusalém. Agora, veriam a consequência de sua negligência e rebeldia. A mensagem era clara: nenhuma posição religiosa ou tradição impediria a disciplina de Deus. O pecado traz consequências e, mesmo que o povo confiasse na presença do templo, isso não o livraria do castigo.



Neste versículo, Deus ordena a Jeremias que compre uma botija e a leve diante dos anciãos do povo e dos sacerdotes. A botija, ao contrário do barro moldável, representa algo já finalizado, endurecido — sem possibilidade de ser reformado. Isso simboliza o estado espiritual de Judá: um povo que rejeitou tantas vezes a correção que agora se tornara inflexível e pronto para o juízo.


Ao levar os líderes para testemunharem o ato, Deus expõe a responsabilidade deles pela decadência espiritual da nação. Eles falharam como guias espirituais, toleraram a idolatria e deixaram o povo se afastar de Deus. Agora, assistiriam à representação do castigo.


Esse gesto também nos ensina que, mesmo líderes religiosos, se não forem sensíveis à voz de Deus, serão responsabilizados. A posição não garante proteção — o que importa é a obediência.


2- Vale de Hinom, Tofete, matança (19.6) Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que este lugar já não se chamará Tofete, nem vale do filho de Hinom, mas o vale da Matança.


O vale de Hinom era um lugar de idolatria e sacrifícios humanos, onde crianças eram oferecidas ao deus Moloque. Deus declarou que esse local, antes palco de rituais profanos, se tornaria um símbolo de destruição e morte. A mudança do nome para “Vale da Matança” indicava que o juízo divino cairia sobre Jerusalém. Os cadáveres dos seus habitantes ficariam expostos e seriam devorados por animais, um destino de vergonha e humilhação. Esse episódio ensina que o pecado pode parecer seguro por um tempo, mas sempre leva ao sofrimento. O lugar onde o povo buscava falsas bênçãos seria o mesmo onde enfrentaria a ira do Senhor.


O Vale de Hinom, também chamado de Tofete, era um lugar marcado por práticas abomináveis — especialmente os sacrifícios de crianças ao deus Moloque. Deus declara que esse local, antes consagrado à idolatria, se tornaria o "Vale da Matança", um símbolo do juízo divino sobre Judá.


O que era considerado sagrado pelos idólatras seria transformado em vergonha. Os cadáveres ficariam expostos, sem sepultura, em um cenário de destruição. Isso nos mostra que o pecado, por mais oculto que pareça, um dia será julgado à vista de todos.


Deus transforma lugares de pecado em testemunhos do Seu juízo. Ele quer que aprendamos: o que o homem planta, ele colhe. O que hoje é tratado com indiferença — idolatria, imoralidade, injustiça — amanhã pode se tornar motivo de vergonha pública.


3- Botija quebrada (19.11) Assim quebrarei este povo e esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se.


Jeremias deveria quebrar a botija diante dos líderes, simbolizando a destruição irreparável de Judá. Assim como uma botija quebrada não pode ser restaurada, Jerusalém não escaparia da devastação. A diferença entre a imagem do vaso moldável e a da botija quebrada é clara: na primeira, havia esperança de restauração; na segunda, não havia mais conserto. Endureceu o coração a ponto de seu destino tornar-se irreversível, ainda que mediante arrependimento. Após esse ato, Jeremias retornou ao templo e reafirmou a profecia contra a cidade. Nem o templo nem a religiosidade superficial salvariam Jerusalém. O pecado havia afastado a proteção de Deus e o juízo era inevitável. O coração que se endurece contra Deus pode atingir um nível de rebeldia para o qual já não há conserto.


Jeremias, em obediência a Deus, quebra a botija diante dos líderes, simbolizando a destruição total e irreversível de Jerusalém. A mensagem é dura: assim como uma botija, uma vez quebrada, não pode ser refeita, também Judá, por sua dureza de coração, não teria mais conserto.


Essa ação profética mostra a seriedade do pecado quando não há arrependimento. Deus é longânimo, mas não negligente. Ele dá oportunidades para moldar, corrigir, restaurar. Mas se o coração continua endurecido, o juízo se torna inevitável.


Muitos confiam em sua religiosidade, no templo, nos rituais — assim como Judá. Mas Deus vê o coração. A aparência de piedade não substitui a obediência verdadeira. A botija quebrada nos lembra: sem arrependimento, até aquilo que parecia seguro pode ruir.


III- A PRISÃO NO TRONCO (20.1-18)


Jeremias, por ser fiel à sua missão, sofreu oposições severas, açoites e prisões, mas permaneceu firme, pois sabia que Deus é o advogado do justo. Essa atitude reflete a realidade daqueles que, em todas as épocas, menosprezam, perseguem e até martirizam os servos levantados para proclamar a verdade divina.


Após cumprir fielmente sua missão, Jeremias enfrenta oposição direta. O sacerdote Pasur, incomodado com a mensagem de juízo, manda prender e castigar o profeta. Jeremias é exposto à vergonha, imobilizado no tronco — um instrumento de dor e humilhação pública.


Mesmo preso e ridicularizado, Jeremias não se cala. Ele sofre, desabafa, até pensa em desistir — mas a Palavra de Deus é como fogo em seu coração, e ele não consegue contê-la. Isso mostra que ser fiel a Deus pode custar caro, mas vale a pena, pois o Senhor está com aqueles que O obedecem.


O sofrimento do profeta nos ensina que servir a Deus não nos livra da dor, mas garante Sua presença em meio à luta. Jeremias, mesmo ferido, confia que Deus é justo e que, no tempo certo, trará justiça sobre os que perseguem Seus servos.


1- A Prisão de Jeremias (20.2) Então, feriu Pasur ao profeta Jeremias e o meteu no tronco que estava na porta superior de Benjamim, na Casa do Senhor. No dia seguinte, Pasur tirou a Jeremias do tronco.


Pasur, sacerdote e chefe da segurança do templo, reagiu com violência à mensagem de Jeremias. O profeta havia proclamado o juízo de Deus contra Judá e comparado a nação a uma botija quebrada. Como resposta, Pasur mandou castigá-lo com açoites e prendê-lo a um tronco, expondo-o à humilhação pública. O tronco era um instrumento de punição usado para imobilizar e torturar prisioneiros. Ele consistia em uma estrutura de madeira, onde a vítima tinha os pés e, em alguns casos, também as mãos e o pescoço presos, forçando-a a ficar em uma posição extremamente desconfortável por um longo período, exposta à humilhação pública. Esse ato reflete uma liderança corrompida, que usa a força para se manter no poder. Quando líderes religiosos precisam recorrer à opressão para silenciar a verdade, é sinal de que há muito tempo perderam a autoridade espiritual. Ainda hoje muitos servos de Deus enfrentam perseguições por se manterem fiéis à Palavra.


Pasur, sacerdote e autoridade no templo, reage com violência à mensagem de Jeremias, que denuncia o pecado e o juízo iminente sobre Judá. Como forma de silenciá-lo, manda prender o profeta no tronco — um instrumento de tortura e humilhação pública.


Esse ato revela uma liderança corrompida que prefere calar a verdade para manter seu poder. Ao invés de ouvir o aviso de Deus, Pasur escolhe a repressão. Essa reação reflete a rejeição que muitos profetas e servos de Deus enfrentam quando falam a verdade em tempos difíceis.


Por trás da prisão está o confronto entre a Palavra de Deus e o orgulho humano. A mensagem de Jeremias incomodava porque expunha o pecado e chamava ao arrependimento. A prisão simboliza a resistência do povo a essa correção, mas Deus permanece soberano, e Sua Palavra jamais será vencida.


2- Desabafo do profeta (20.7) Persuadiste-me, ó SENHOR, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim.


No dia seguinte, após ser solto, Jeremias anuncia o juízo divino contra Pasur. Seu nome seria mudado para “Terror-Por-Todos-Os-Lados” (2.3), pois ele e sua família seriam levados cativos para a Babilônia, onde morreriam e seriam sepultados longe de sua terra. O castigo de Pasur era um sinal do juízo de Deus sobre toda a nação. Jerusalém passaria por um cerco de aproximadamente 18 meses, resultando em fome, pestes e grande mortandade. Após a invasão babilônica, muitos foram mortos e, os sobreviventes levados cativos. Aqueles que perseguiam o profeta do Senhor sofreram as consequências de seus atos, pois Deus não tem por inocente aqueles que se levantam contra sua Palavra e Seus ungidos.


Após ser humilhado e preso, Jeremias expressa sua dor profunda diante de Deus. Ele se sente perseguido, escarnecido e desprezado por todos. Mesmo assim, reconhece que foi o Senhor quem o chamou e o fortaleceu, embora essa missão lhe cause grande sofrimento.


Esse desabafo revela a humanidade do profeta — ele não esconde suas emoções nem suas dúvidas. Mas, acima de tudo, ele demonstra uma fé firme: apesar da rejeição, continua fiel porque sabe que Deus está no controle.


Essa passagem nos ensina que o caminho do servo de Deus pode ser árduo, marcado por lutas e rejeições, mas a confiança no Senhor é o que sustenta. É um chamado para permanecermos firmes mesmo quando tudo parece conspirar contra nós.


3- Confiança na justiça divina (20.11) Mas o SENHOR está comigo como um poderoso guerreiro; por isso, tropeçarão os meus perseguidores e não prevalecerão; serão sobremodo envergonhados; e, porque não se houveram sabiamente, sofrerão afronta perpétua, que jamais se esquecerá.


As perseguições e zombarias levaram Jeremias a um profundo lamento. Ele chegou a questionar sua missão e até a desejar não ter nascido. No entanto, a Palavra de Deus era como fogo em seu coração, portanto ele não podia silenciá-la. (2.9). O sofrimento e a rejeição abalaram o profeta, que esperava ver resultados imediatos de sua pregação. No entanto, o propósito do ministério não é garantir aceitação, mas proclamar fielmente a mensagem de Deus. O resultado depende do Espírito Santo e da resposta de cada indivíduo. Mesmo em meio à dor, Jeremias não abandonou sua vocação. A fidelidade a Deus pode trazer oposição e desprezo, mas o Senhor sempre sustenta Seus servos. Ele é quem os justifica, e, no tempo certo, haverá recompensa.


Mesmo diante das perseguições e do escárnio, Jeremias declara sua confiança inabalável em Deus. Ele se vê amparado como um guerreiro poderoso, certo de que seus perseguidores tropeçarão e serão envergonhados.


Essa fé demonstra que, embora o profeta sofra, o Senhor é quem o defende e justifica. A justiça divina não falha, e no tempo certo os inimigos de Deus e de Seus servos serão julgados.


Para nós, essa certeza traz conforto e coragem para enfrentar as dificuldades da caminhada cristã. Mesmo quando somos rejeitados, humilhados ou mal compreendidos, Deus está conosco e fará justiça.


APLICAÇÃO PESSOAL


Assim como o oleiro molda o barro, Deus deseja transformar nossa vida segundo Sua vontade. No entanto, se endureceram o coração, podemos nos tornar como uma botija quebrada e inútil.


Queridos irmãos, assim como o oleiro molda o barro com paciência e amor, Deus deseja transformar cada um de nós para cumprir Seu propósito. Porém, se endurecermos o coração e recusarmos a Sua direção, podemos nos tornar como a botija quebrada — inútil e fora do plano divino.


Por isso, é essencial que sejamos flexíveis, humildes e atentos à voz do Senhor, mesmo quando isso exigir renúncia ou sofrimento. A fidelidade a Deus pode trazer desafios, mas Ele é nosso refúgio e justiça. Que possamos confiar na Sua soberania, permitindo que Ele molde nosso caráter e fortaleça nossa fé.


Lembremo-nos: Deus não desistirá de nós enquanto estivermos dispostos a nos deixar transformar.



RESPONDA


1) O que Deus ensinou a Jeremias ao mostrar o trabalho do oleiro?

Deus molda e transforma quem se submete à Sua vontade.


2) O que simboliza a botija quebrada diante dos líderes de Judá?

O juízo irreversível devido ao pecado e à idolatria.


3) Como Jeremias expressou sua dor e confiança diante das perseguições?

Sofreu, lamentou, mas confiou no Senhor poderoso.



Queridos irmãos, para aprofundarmos ainda mais essa lição tão importante, convido vocês a assistirem à nossa vídeo aula especial.


 Lá, vamos explorar juntos cada detalhe da Palavra, entender melhor as mensagens de Jeremias e como aplicá-las em nossa vida diária. Não percam essa oportunidade de crescer na fé e fortalecer seu relacionamento com Deus!



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