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EBD PECC | Estudo 4 | Filipenses 4 | A Vida Cristã Triunfante e Grata | - 4º Trimestre de 2025

  • pastorivolucio
  • 22 de out.
  • 8 min de leitura



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Introdução


O final da carta de Filipenses é majestoso e impactante. Paulo reserva esse momento não somente para exortações finais, mas também para externar sua gratidão pelos donativos recebidos. A igreja de Filipos foi a mais solidária de todas as igrejas do Novo Testamento.



Ponto 1. Exortações Gerais.


A última seção da carta começa e termina com doçura, mas em seu meio Paulo aproveita para algumas exortações necessárias e pontuais. Ele inclusive nomina algumas pessoas.


Ponto 1, Tópico 1. Estabilidade espiritual. Filipenses 4 versus1.

Portanto meus irmãos. amados e mui saudosos, minha alegria e coroa, sim, amados, permanecei, deste modo, firmes no Senhor.


Na prisão, Paulo sentia saudades dos irmãos de Filipos. Suas palavras são cheios de afeto: minha alegria e coroa. Uma igreja sabe quando é amada pelo seu pastor e, igualmente, um pastor sabe quando é amado pelo rebanho que serve. Onde o amor domina, tudo contribui para o avanço da obra. Há pastores que não amam as ovelhas, apenas o seu ministério ou sua carreira, o que é pior. É lamentável vermos obreiros que ao invés de servir usam o rebanho para seus objetivos e caprichos pessoais.

Igualmente, é lamentável quando os irmãos não amam seus líderes.

Mas então vem a exortação: permaneçam firmes. É uma linguagem de batalha. É necessário firmeza. Lembremos que Paulo não escrevia de um gabinete refrigerado, mas de uma insalubre prisão. A preocupação do velho apóstolo era com a estabilidade espiritual dos crentes.

Vivemos dias de instabilidade em todas as áreas, inclusive espiritual. Pessoas que ontem estavam conosco e pareciam estáveis, , hoje não sabemos por onde andam nem o que fazem. É necessário cavar mais fundo, fincar os alicerces na rocha, porque a jornada é árdua. É possível permanecer, a exemplo de Paulo, firme no Senhor e alegra-se interiormente, mesmo quando lá fora tudo é sombrio e escuro. O mundo não é um lugar aprazível para o crente. É uma arena de lutas. Permanecemos firmes no Senhor!


Ponto 1, Tópico 2. Relacionamentos curados. Filipenses 4 versus 2.

Rogo a Evódia e rogo a Síntique pensem concordemente, no Senhor.


Paulo averte duas mulheres para se reconciliarem. Relacionamentos adoecidos afetam a Igreja e atrapalham seu testemunho. Quem quer fazer parte da comunidade onde os membros brigam e se agridem? A Igreja é um hospital; recebe doentes, sendo lugar de cura. As pessoas não podem permanecer doentes indefinidamente. O Espírito de Deus não produz doenças, mas saúde.

Mais uma vez, ressalta-se a ternura do apóstolo, mesma quando repreende. Ele não diz: "Rogo a Evódia e rogo a Síntique". Porém, para enfatizar a estima de cada uma delas, diz: "Rogo a Evódia e rogo a Síntique". No verso seguinte, Paulo lembra que elas tinham trabalhado ao seu lado no Evangelho e seus nomes estavam no livro da vida. Deviam então parar com suas quarelas pessoais e buscar os interesses de Cristo e da Igreja. Elas haviam colocado o "eu" acima do "nós". Era hora de mudar a conjugação do verbo da primeira para a terceira pessoa do plural. Sem comunhão horizontal não haverá comunhão vertical.


Ponto 1, Tópico 3. Moderação. Filipenses 4 versus 5.

Seja vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor.


Moderação significa a virtude de permanecer na exata medida, comedimento. Na culinária, tem o mesmo sentido: equilibrio; tempero na medida, nem mais nem menos. No contexto bíblico, refere-se a um estilo de vida equilibrado e controlao, evitan2 . do excessos e extremos. Outra versão traduz como "equidade". A motivação para uma vida assim é que o Senhor virá e defenderá a nossa causa ("Perto está o Senhor").



Ponto 2. O Perigo da Ansiedade.


O ritmo de vida que levamos diariamente tem nos conduzido a pensar que é normal vivermos ansiosos. Mas isso não é verdade. Deus não nos criou para sermosansiosos; antes pelo contrário. Diz a Escritura que "a ansiedade do coração do homem abate..."( Livro de Provérbios capítulo 12 versus 25). Veremos esse assunto, não sob o aspecto clínico, mas bíblico.


Ponto 2, Tópico 1. Oração. Filipenses 4 versus 6.

Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela suplica, com ações de graças.


A Bíblia tem orientações para vencermos a ansiedade e a primeira delas é a oração. Ela não é um manual médico, nem o substitui, mas sendo a Palavra de Deus, podemos confiar no que afirma. O assunto é amplo e especialistas podem nos ajudar, contudo, a Palavra de Deus não silencia sobre esse importante tema.


De todos os problemas da atualidade, nemhum exige tanta atenção quanto a ansiedade. De acordo com o último mapeamento global, realizado pelo OMS ( Organização Mundial da Saúde), o Brasil possui a população com a maior prevalência de ansiedade do mundo (9,3%). Depois da pandemia da COVID-19, essa realidade se tornou ainda mais comum, inclusive dentro das igrejas.


Mas a ansiedade, além de desnecessária, conspira contra nossa estabilidade espiritual. Jesus apontou para a insensatez da ansiedade em Mateus 6:25-34 e, aqui, Paulo é enfático e claro: o remédio para a ansiedade é a oração e a menciona de três modos: oração, súplicas e ações de graças. O apóstolo Pedro, fazendo coro com Paulo, diz que toda ansiedade deve ser lançada sobre aquele que tem soberana e graciosamente cuidado de nós (1 Pedro 5:7). Deus já falhou alguma vez? Nunca! Então, podemos estar seguros quanto ao futuro.


Ponto 2, Tópico 2. Paz de Deus. Filipenses 4 versus 7.

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.


O ser humano sempre teve uma urgente necessidade de paz. Quando fala do reino de Deus em Romanos 14.17, Paulo resume-o dizendo que “o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”

Há uma diferença entre “paz com Deus” e “paz de Deus”. A primeira diz respeito à nossa justificação. Quando alguém é salvo por Cristo, acaba-se a inimizade e tal pessoa passa a ter paz com Deus (Romanos 5.1). De sua parte, a paz de Deus é a que Ele nos concede em todos os momentos de nossa existência, inclusive nos momentos atribulados. Diz respeito à serenidade do próprio Deus. Foi prometida por Jesus em João 14.27. É um presente divino. Esta paz que excede todo o entendimento é caracterizada pela segurança que sentimos em nosso íntimo, que, a despeito da dor, das angústias, das lágrimas, das perdas e decepções, sabemos, bem lá no âmago do nosso ser, que Deus está no controle e, assim, a ansiedade é vencida.


Ponto 2, Tópico3. Pensamento Saudáveis. Filipenses 4 versus 8.

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.


Pensamentos errados levam a comportamentos errados. Somos aquilo que pensamos. Não dá para separar atos exteriores de atitudes interiores. O coração de todos nós é um campo de batalhas.

Os especialistas concordam que a ansiedade pode bombardear a mente com pensamentos negativos, os quais parecem incessantes e desviam o nosso foco de Deus. A ansiedade é caracterizada por uma preocupação excessiva com o futuro. Assim, é comum a pessoa ansiosa imaginar cenários negativos sobre situações que ainda não aconteceram ou ter pensamentos intrusivos que tiram o seu sossego.

Paulo faz uma lista de oito virtudes que devem habitar nossa mente e que servem de referencial para checarmos nosso interior: Se fizermos um recorte de nossos pensamentos dos últimos dias, podemos afirmar que se encaixam nessa lista?



Ponto 3. Agradecimentos e Saudações Finais.


Paulo deixa para expressar seus agradecimentos pelos donativos recebidos no final da carta. A generosidade dos filipenses foi significativa para o êxito do seu ministério.


Ponto 3, Tópico1. A Atitude de Paulo. Filipenses 4 versus 10.

Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade.


Paulo transborda de gratidão para com a Igreja de Filipos. Há igrejas que fazem os pastores gemer (Hebreus 13.17). Filipos faziam Paulo se alegrar sobremaneira. A igreja já havia encaminhado em duas outras ocasiões ofertas a Paulo. Não parece ter sido coisa pouca, pois Paulo disse que estava transbordando (4.18). Mas não era tanto a questão do valor recebido que alegra o apóstolo, mas a atitude da Igreja. Apesar de precisar muito, Paulo está mais satisfeito em saber que a liberalidade dessa igreja demonstrava que eram maduros na fé e com isso participaram dos lucros do seu trabalho. O crédito deles aumentará diante de Deus (4.17).

Há gente pequena que nunca agradece e há gente como Paulo, cujo coração é uma expressão do coração de Deus. O ingrato olha para tudo que lhe chega como merecimento e, assim, não há gratidão. Lutero advertia sobre três “cães” perigosos na vida: a soberba, a inveja e a ingratidão.


Ponto 3, Tópico 2. A Atitude dos Filipenses 4 versus 15.

E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros.


Não foi a primeira vez que a Igreja de Filipos ajudou o ministério de Paulo. Regra geral, o apóstolo não recebia pagamento pelo seu trabalho. Mantinha-se trabalhando no seu ofício de fabricante de tendas, pois havia muitos inimigos e falsos mestres que, por certo, abusaram do seu exemplo ou lhe atribuíram más intenções.

A única igreja da qual ele recebeu pagamento, ao que saibamos, foi a de Filipos. Pelo menos duas vezes mandaram-lhe oferta quando ele estava em Tessalônica (Filipenses 4.16). Paulo também recebeu quando estava em Corinto (2 Coríntios 11.9). Agora, mais uma vez, em Roma (Filipenses 4.18), quando o apóstolo era prisioneiro e sofria certas restrições.

Há aqueles que veem a contribuição como um fardo ou algo a ser feito por medo de maldições de um Deus vingativo e caprichoso. Mas há aqueles que a veem como um privilégio de participar do que Deus está fazendo e como um ato de culto (“como cheiro suave e um sacrifício agradável a Deus” – Filipenses 4.18).


Ponto 3, Tópico 3. A titude de Deus. Filipenses 4 versus 19.

O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.


Havia da parte do apóstolo a certeza de que Deus responderia pelo investimento financeiro feito, suprindo as necessidades dos filipenses. Não apenas receberam as bênçãos espirituais, o que já estava sendo evidenciado na própria generosidade deles, mas também materiais. Há um jogo de palavras entre Filipenses 4.18 e 19. Era como se Paulo dissesse: “Vocês supriram uma de minhas necessidades, mas Deus suprirá cada uma (todas) as vossas necessidades e numa medida acima de qualquer comparação terrena (‘Segundo a sua própria riqueza em glória…’).”

Notemos que a providência generosa e abundante de Deus supriria não os desejos, mas as necessidades da Igreja. Há de se fazer uma separação entre desejos e necessidades. Deus responde nossas orações concedendo não necessariamente aquilo que pedimos, mas aquilo que certamente perderíamos se soubéssemos o que Ele sabe.


APLICAÇÃO PESSOAL


Um coração agradecido é um ótimo indicativo e expressão de uma espiritualidade saudável. Faça uma lista das ações de Deus na sua vida e expresse sua gratidão a Ele.


RESPONDA


Marque (V) para verdadeiro ou (F) para falso.


(V) Aprendemos que é possível permanecermos firmes e alegres no Senhor, mesmo quando à nossa volta tudo é sombrio e escuro.

(F) Aprendemos que viver ansioso é absolutamente normal e aceitável nesse tempo em que vivemos.

(V) Aprendemos que Paulo via o investimento financeiro em seu ministério como um ato de culto a Deus

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