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Lição 03: Jeremias 11 a 17 – Aliança Quebrada e Orações Rejeitadas | EBD PECC - 3° Trimestre de 2025

  • pastorivolucio
  • 13 de jul.
  • 15 min de leitura

Texto Áureo

“Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam” Jeremias 15.1


Leitura Bíblica Com Todos

Jeremias 14.7-15.1


Verdade Prática

A obediência a Deus e a confiança Nele devem estar acima das circunstâncias, principalmente em tempos de adversidade.


Hinos da Harpa: 77-394


INTRODUÇÃO

Nos capítulos 11 a 17, Deus reafirma Seu juízo sobre Judá devido à quebra da aliança e à contínua rebeldia do povo. Jeremias sofre perseguição e expressa sua angústia diante da injustiça e da dureza do coração humano. Apesar de ele interceder pela nação, Deus rejeita suas súplicas, pois o tempo da misericórdia havia se esgotado. O profeta é chamado a viver em solidão como um sinal do juízo vindouro e aprende que a única verdadeira segurança está em confiar no Senhor.


Isso é um alerta pra nós hoje!

Temos vivido como se o tempo da graça fosse eterno, como se Deus nunca fosse agir com justiça. Mas assim como Jeremias foi chamado a viver em solidão como sinal, nós também somos chamados a viver de forma distinta, consagrada, mostrando ao mundo que confiar no Senhor é a única segurança verdadeira.


Reflitam comigo: estamos levando a sério nossa aliança com Deus?


I- A QUEBRA DA ALIANÇA E A QUEIXA DE JEREMIAS (11 e 12)


Nos capítulos 11 e 12, Deus lembra a Judá a aliança feita com seus antepassados e denuncia a infidelidade do povo, que seguiu os mesmos pecados das gerações passadas, atraindo o juízo inevitável. Além disso, Jeremias enfrenta uma conspiração contra sua vida, mas Deus lhe garante proteção.


Isso nos mostra uma verdade espiritual profunda: 

Quem não aprende com os erros da geração anterior, corre o risco de atrair sobre si o mesmo juízo. E foi exatamente isso que aconteceu com Judá.


Além disso, olhem a situação de Jeremias: mesmo sendo fiel, ele é alvo de uma conspiração! Mas Deus, em sua fidelidade, lhe promete proteção. Isso nos ensina que obedecer a Deus não nos livra das perseguições, mas nos garante Sua presença e segurança.


Aplique isso à sua vida:

Estamos honrando a aliança que temos com Deus hoje? Estamos rompendo com os pecados do passado ou repetindo os mesmos caminhos? Que possamos ser fiéis como Jeremias e confiar que Deus é nosso escudo, mesmo em meio às adversidades.


1- Violação da aliança e suas consequências (11.10) Tornaram às maldades de seus primeiros pais, que não quiseram ouvir as minhas palavras.


Deus declara que Judá quebrou a aliança estabelecida desde os dias de Moisés, afastando-se de Seus mandamentos. O povo escolheu seguir a idolatria e os caminhos perversos de seus antepassados, recusando-se a dar ouvidos às advertências divinas. Essa rebeldia não era um erro isolado, mas um padrão repetido ao longo das gerações. A aliança exigia fidelidade a Deus em troca de bênçãos e proteção, mas a nação preferiu seguir outros deuses, confiando em sua própria sabedoria. Como consequência, Deus anuncia que traria sobre eles todas as maldições descritas na Lei, pois já não ouviria suas orações. Essa passagem nos ensina que a desobediência contínua endurece o coração e nos afasta da presença de Deus. O juízo divino não é arbitrário, mas resultado da persistência no pecado e da rejeição ao chamado ao arrependimento.


E aqui está uma grande lição para todos nós:

A desobediência contínua nos afasta da presença de Deus. Não porque Ele nos rejeita de imediato, mas porque nossos corações se tornam cada vez mais duros. Chega um momento em que o juízo é inevitável, não por falta de amor divino, mas pela nossa persistência no erro.


Vamos refletir:

Temos dado ouvidos às advertências do Senhor? Ou temos seguido o padrão de desobediência das gerações passadas? Que essa lição nos desperte para um arrependimento genuíno e para uma renovação da nossa aliança com o Deus fiel.


2- Conspiração contra Jeremias (11.21) Portanto, assim diz o SENHOR acerca dos homens de Anatote que procuram a tua morte e dizem: Não profetizes sem o nome do SENHOR, para que não morras às nossas mãos.


Ao proclamar o juízo de Deus, Jeremias se torna alvo de conspiração. Os próprios habitantes de Anatote, sua cidade natal, planejam matá-lo para silenciá-lo. O profeta se vê traído por aqueles que deveriam ser seus irmãos, sem sequer suspeitar do perigo. Jeremias expressa sua dor diante dessa injustiça, mas entrega sua causa ao Senhor, confiando que Ele trará juízo sobre seus inimigos. Deus confirma que punirá os conspiradores de Anatote e garante ao profeta que sua missão não será interrompida. A fidelidade a Deus nos trará perseguições e oposições, até mesmo de pessoas próximas. Contudo, assim como Jeremias, devemos confiar na justiça divina e permanecer firmes em nosso chamado. Essa experiência antecipa a rejeição que Cristo sofreria, sendo levado como um cordeiro ao matadouro (Isaías 53.7).


Irmãos, vejam como é forte essa parte da lição:

Jeremias está apenas sendo fiel a Deus, anunciando a verdade — e por isso se torna alvo de uma conspiração. E não de qualquer grupo, mas dos próprios moradores de Anatote, sua terra natal. Gente que o conhecia desde menino, pessoas que deveriam acolhê-lo, se levantaram contra ele com ódio e desejo de morte.


Isso nos ensina algo muito importante:

Fidelidade a Deus nem sempre será aplaudida. Muitas vezes, seremos rejeitados por aqueles mais próximos, simplesmente por anunciarmos a verdade que incomoda. Jeremias sofreu, sim, mas não se vingou. Ele entregou sua dor ao Senhor, confiando na justiça divina.


O que aprendemos aqui?

Que nossa missão não depende da aceitação das pessoas, mas da aprovação de Deus. Mesmo sob ameaça de morte, Jeremias continuou firme. E Deus foi claro: os que tramaram contra ele seriam punidos, mas o chamado do profeta não seria interrompido.


Isso nos lembra de quem?

Do nosso Senhor Jesus. Ele também foi rejeitado pelos seus, caluniado, perseguido e levado ao matadouro — como diz Isaías 53.7. Mas não abriu a boca em murmuração, confiou no Pai e cumpriu Sua missão.


3- Queixa de Jeremias e resposta de Deus (12.1) Justo és, ó Senhor, quando entro contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos.


Diante da prosperidade dos ímpios e do sofrimento dos justos, Jeremias apresenta sua queixa a Deus. Ele reconhece a justiça do Senhor, mas questiona por que aqueles que praticam o mal continuam a florescer enquanto os fiéis enfrentam dificuldades. Esse dilema reflete a angústia de Jeremias e, ao longo da história, tem levado muitos servos de Deus a se perguntarem por que o mal parece prevalecer. A resposta divina desafia Jeremias a perseverar: se ele já se cansava diante das dificuldades atuais, como enfrentaria desafios ainda maiores? Deus não dá uma explicação direta, mas ensina que o profeta precisava crescer espiritualmente e confiar em Sua soberania. Essa passagem nos ensina que, mesmo quando não entendemos os caminhos de Deus, devemos continuar firmes, pois Ele governa com justiça e cumprirá Seus propósitos no tempo certo.


Jeremias reconhece a justiça do Senhor, mas não esconde sua angústia: “Por que os ímpios prosperam, Senhor?”. Esse questionamento não é novo — muitos servos fiéis, ao longo da história, fizeram a mesma pergunta. Davi, Asafe (Salmo 73), Habacuque... Todos enfrentaram o conflito entre a fidelidade a Deus e a aparente prosperidade dos perversos.


Mas observem a resposta de Deus: Ele não dá explicações detalhadas. Ao invés disso, convida Jeremias a amadurecer: "Se você se cansa com os desafios de agora, como vai suportar os que virão?" É como se o Senhor dissesse: “Jeremias, você está certo em confiar na minha justiça, mas precisa crescer, resistir e continuar confiando mesmo quando não entende.”


E isso é para nós também.

Nem sempre entenderemos os caminhos de Deus. Às vezes, parece que o mal vence, que os justos sofrem e os maus prosperam. Mas a fé madura confia no caráter de Deus mesmo sem todas as respostas.


A grande lição aqui é:

Não precisamos de explicações para continuar confiando. Precisamos de fé. Fé que sustenta, fé que resiste, fé que amadurece diante dos desafios.



II- INTERCESSÃO DE JEREMIAS, MOISÉS E SAMUEL (13 a 15)


Nos capítulos 13 a 15, Deus utiliza símbolos e mensagens diretas para anunciar o julgamento sobre Judá. O cinto de linho podre representa a corrupção do povo, enquanto o jarro quebrado simboliza sua destruição inevitável. Nem mesmo intercessores fiéis do passado, como Moisés e Samuel, poderiam evitar o juízo.


Queridos irmãos, os capítulos 13 a 15 são um verdadeiro alerta visual da parte de Deus para o Seu povo.


O Senhor, em sua pedagogia divina, usa símbolos fortes para transmitir uma mensagem clara. O cinto de linho apodrecido representa a inutilidade espiritual de Judá — um povo que deveria estar junto ao Senhor, como o cinto ao corpo, mas que se corrompeu com a idolatria e o pecado. Já o jarro quebrado mostra que a destruição não seria apenas simbólica — ela seria real, total, irreversível.


1- O cinto de linho e o jarro quebrado (13.7) Fui ao Eufrates, cavei e tomei o cinto do lugar onde o escondera; eis que o cinto se tinha apodrecido e para nada prestava.


Deus ordena a Jeremias que compre um cinto de linho e o esconda junto a um rio. Quando o profeta o recupera, encontra-o completamente apodrecido e inútil. O cinto simboliza a proximidade que Judá deveria ter com Deus, mas sua corrupção tornou essa relação impossível. Assim como o cinto deteriorado já não servia para nada, o povo havia se tornado espiritualmente arruinado, incapaz de cumprir seu propósito divino. Em seguida, Deus usa a imagem de um jarro quebrado para ilustrar a destruição iminente de Judá. O jarro representa o povo que, por sua teimosia, seria despedaçado sem possibilidade de restauração. Essas imagens mostram que a desobediência contínua leva à ruína completa.


O cinto de linho, algo que deveria estar ajustado ao corpo, simboliza a intimidade e a proximidade que Judá tinha com Deus. Mas, ao ser escondido e exposto à umidade do rio, ele apodreceu — e isso representa a degradação espiritual do povo, que se afastou do Senhor e se contaminou com o pecado. Um cinto podre já não tem utilidade. Da mesma forma, um povo que se corrompe deixa de cumprir seu propósito diante de Deus.

Logo depois, o Senhor apresenta o jarro quebrado. Uma vez despedaçado, ele não pode mais ser restaurado. Essa imagem é um aviso duro, mas claro: o juízo viria, e seria irreversível.


Deus deseja intimidade conosco, quer que estejamos ligados a Ele como um cinto à cintura. Mas, se desprezarmos Sua presença e insistirmos na desobediência, corremos o risco de apodrecer espiritualmente. E, como o jarro, podemos enfrentar as consequências do afastamento: a ruína total.


Quando uma nação ou indivíduo endurece o coração contra Deus, chega o momento em que a restauração já não é possível, restando apenas o juízo. Em 13.23 Jeremias usa essa metáfora para mostrar a profundidade do pecado de Judá. Assim como um etíope não pode mudar sua pele nem um leopardo suas manchas, o povo, habituado ao mal, não conseguiria transformar-se por si só. Isso revela a necessidade da intervenção divina para uma verdadeira mudança. Apenas Deus pode transformar o coração humano e conduzi-lo ao arrependimento.


E com isso, Jeremias está mostrando que o povo de Judá estava tão acostumado ao pecado, tão mergulhado na desobediência, que não conseguia mais mudar por si mesmo.

Isso nos ensina algo fundamental: o pecado repetido, sem arrependimento, endurece o coração. Chega um ponto em que a consciência se cauteriza e a pessoa perde a sensibilidade espiritual. E quando isso acontece, resta apenas o juízo, pois a restauração voluntária se torna impossível.


Mas louvado seja Deus, porque ainda há esperança na intervenção divina! Só o Senhor pode transformar o coração humano. Só Ele pode tirar o coração de pedra e colocar um coração de carne (Ezequiel 36.26). O arrependimento verdadeiro não vem da força humana, mas da graça que nos alcança e nos leva de volta ao caminho.


2- Intercessões rejeitadas (14.11, 15.1) Disse-me ainda o SENHOR: Não rogues por este povo para o bem dele. Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, meu coração não se inclinaria para este povo; lança-os de diante de mim, e saiam


Jeremias intercede por Judá em meio a uma grande seca, reconhecendo os pecados do povo e clamando pela misericórdia divina. Ele suplica que Deus não abandone Seu povo por causa de Seu próprio nome, mas a resposta do Senhor é firme: não ouviria mais súplicas por Judá. O pecado da nação se tornou tão grave que a disciplina divina era inevitável para o bem deles. Deus rejeita três intercessões de Jeremias, mostrando que não há mais solução para Judá. Deus ordena que Jeremias pare de interceder. Nem mesmo intercessores fiéis do passado, como Moisés e Samuel, poderiam evitar o juízo. Eles foram grandes intercessores na história de Israel, conseguindo, em momentos críticos, que Deus poupasse o povo do juízo. No entanto, Judá havia chegado a um nível de rebeldia tão extremo que nem mesmo esses homens, se estivessem vivos e se juntassem à Jeremias, poderiam impedir o juízo. A rejeição dessa intercessão mostra que a apostasia de Judá não era superficial, mas profundamente enraizada em sua cultura e práticas religiosas. Eles haviam rejeitado a correção divina por tanto tempo que já não havia volta. Os profetas haviam enganado o povo com falsas promessas de paz, por isso a seca, a espada e a fome seriam agora instrumentos de juízo. Isso serve como um alerta para todos os que insistem em resistir à voz de Deus. O tempo da graça não deve ser desperdiçado, pois pode chegar o momento em que o juízo será inevitável. Não devemos abusar da graça de Deus, mas buscar o arrependimento enquanto há oportunidade.


Irmãos, este é um dos trechos mais impactantes e tristes do livro de Jeremias.

O profeta, movido por compaixão, intercede com sinceridade e quebrantamento. Ele reconhece o pecado de Judá e clama pela misericórdia de Deus — não pelos méritos do povo, mas pelo nome do Senhor. No entanto, a resposta divina é firme e cortante: “Não rogues por este povo...”


Isso nos ensina uma verdade profunda e muitas vezes ignorada: 

Há um limite para a longanimidade de Deus. O povo havia rejeitado tantas vezes a correção, desprezado tantas oportunidades de arrependimento, que agora nem mesmo a intercessão teria efeito. Deus chega a dizer que nem Moisés nem Samuel, dois grandes intercessores da história de Israel, conseguiriam mudar o juízo determinado.


O que isso revela?

Que a apostasia de Judá não era superficial — era enraizada, consciente, persistente. O povo havia se acostumado com os enganos dos falsos profetas, com uma religião de aparência, e agora enfrentaria as consequências: seca, espada e fome.


E aqui vai um alerta solene para nós:Não devemos abusar da graça de Deus. 

O tempo da oportunidade pode acabar. Hoje, muitos pensam que sempre haverá tempo para se consertar, que Deus sempre vai esperar. Mas essa passagem mostra que pode chegar o momento em que o juízo será a única resposta possível.


3- Achadas as tuas palavras (15.16) Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos.


Jeremias encontra consolo na Palavra de Deus em meio à rejeição e ao sofrimento. “Comer” as palavras do Senhor simboliza assimilação e profunda comunhão com Ele. Embora sua missão fosse difícil, a Palavra trouxe alegria e força ao seu coração. Esse versículo nos ensina que, mesmo em tempos de aflição, a verdadeira satisfação e esperança vêm de um relacionamento íntimo com Deus e Sua Palavra.


Apesar das rejeições, sofrimentos e da dureza do povo, o profeta encontra consolo e alegria nas palavras do Senhor. Ele diz: “Achadas as tuas palavras, logo as comi” — uma expressão forte que mostra que ele não apenas ouviu, mas absorveu, interiorizou e se alimentou espiritualmente da Palavra de Deus.


Essa “comida” é fonte de gozo e alegria para o coração, mesmo em meio às lutas. Jeremias não buscava força em si mesmo, mas em Deus, e isso o sustentava em sua missão difícil.


Para nós, essa passagem é um convite claro:

Em tempos de dificuldades, rejeições ou dúvidas, nossa fonte segura deve ser a Palavra de Deus. Quando a alimentamos, ela nos fortalece, renova a esperança e nos dá coragem para continuar.


Lembremos sempre:

Pelo nome do Senhor, que é o nosso Deus dos Exércitos, somos chamados e guardados. É nessa comunhão íntima com Deus que encontramos verdadeira paz e alegria, mesmo quando tudo parece desabar.


III- A CONFIANÇA NO SENHOR E O CORAÇÃO ENGANOSO (16 e 17)


Nos capítulos 16 e 17, Deus instrui Jeremias a viver separado, o que deveria ser tomado como sinal profético do juízo que viria sobre Judá. Nesses capítulos, é mencionada a corrupção do coração humano e o perigo de confiar em si mesmo ou em outros homens.


1- A vida solitária do profeta como sinal (16.2) Não tomarás para ti mulher, nem terás filhos nem filhas neste lugar.


Deus ordena que Jeremias permaneça solteiro e não tenha filhos, pois a destruição iminente tornaria a vida familiar insuportável. Casamento e filhos simbolizavam esperança e continuidade, mas o futuro de Judá seria de luto e sofrimento. A ordem divina não era uma rejeição ao casamento, mas um sinal profético do que estava por vir. Essa separação fez de Jeremias um exemplo vivo do que aguardava seu povo. Enquanto os judeus continuavam em sua rotina, desprezando os avisos divinos, o profeta já vivia de acordo com a realidade que se aproximava. Muitas vezes, Deus chama Seus servos para caminhos de renúncia, a fim de transmitir uma mensagem mais forte ao mundo. Seguir a vontade do Senhor pode significar abrir mão de conforto e desejos pessoais, mas sempre resulta em um propósito maior.


Queridos irmãos, aqui vemos um aspecto muito forte do chamado profético de Jeremias:

Deus ordena que ele não tome esposa nem tenha filhos naquele lugar. Isso pode parecer duro à primeira vista, mas tem um significado profundo. O casamento e os filhos simbolizam esperança, continuidade e futuro — mas para Judá, o futuro seria marcado por luto, destruição e sofrimento.


Jeremias, então, torna-se um sinal vivo do que estava por vir. Enquanto o povo seguia sua vida como se nada acontecesse, o profeta já vivia na realidade do juízo próximo, mostrando na própria vida o peso daquela mensagem.


Isso nos ensina que, às vezes, Deus chama seus servos para caminhos de renúncia. Abrir mão de sonhos, conforto e até mesmo desejos pessoais pode ser necessário para cumprir um propósito maior, para comunicar algo poderoso ao mundo.


2- Bendito o que confia no Senhor (17.7) Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.


Jeremias contrasta dois tipos de pessoas: aquelas que confiam em si mesmas ou em outros homens e aquelas que confiam no Senhor. O primeiro grupo é comparado a um arbusto seco no deserto, sem forças para resistir às dificuldades. Já o segundo é como uma árvore plantada junto a um rio, que mesmo em tempos de seca permanece verde e frutífera. Em seguida, ele alerta sobre a corrupção do coração humano: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (17.9). Isso mostra que a autossuficiência e a confiança no próprio entendimento são caminhos perigosos. Somente Deus conhece o íntimo do homem e pode guiá-lo pelo caminho certo. Nossa segurança deve estar firmada no Senhor, e não em nossas capacidades ou recursos. A verdadeira força vem de uma dependência contínua de Deus.


Queridos irmãos, Jeremias nos apresenta aqui uma profunda reflexão sobre onde está nossa confiança. Ele nos mostra dois perfis bem distintos: o homem que confia em si mesmo ou nos homens, e o homem que confia no Senhor. O primeiro é comparado a um arbusto no deserto — fraco, seco e vulnerável às adversidades. Já o segundo é como uma árvore plantada junto a águas correntes, que permanece verde, frutífera e forte, mesmo diante da seca.


Mas Jeremias não para por aí. Ele nos adverte que o coração humano é enganoso e desesperadamente corrupto (17.9), o que torna a autossuficiência um caminho perigoso. Só Deus conhece o coração humano em sua profundidade e só Ele pode nos guiar no caminho certo.


A grande lição é clara: Nossa segurança e força verdadeira só vêm da confiança contínua e total no Senhor, e não em nossas próprias forças ou nos recursos deste mundo.


3- Não recusei ser pastor e ser curado (17.16) Mas eu não me recusei a ser pastor, seguindo-te; nem tampouco desejei o dia da aflição, tu o sabes; o que saiu dos meus lábios está no teu conhecimento.


Jeremias reafirma sua fidelidade ao chamado de Deus, mesmo enfrentando oposição e sofrimento. Ele nunca se recusou a cumprir sua missão profética, apesar das dificuldades. No entanto, sua obediência não significa ausência de dor. O profeta clama por cura e salvação, pois reconhece que apenas Deus pode restaurá-lo completamente. Cura-me, SENHOR, e serei curado; salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor.” (17.14). Servir a Deus não isenta Seus servos de aflições. Jeremias não desejou o sofrimento, mas aceitou seu chamado com fidelidade. Sua oração demonstra confiança total no Senhor e a certeza de que somente Ele pode trazer verdadeira cura e livramento.


Ele afirma claramente: “Não me recusei a ser pastor, seguindo-te” — ou seja, mesmo diante de todo sofrimento e oposição, ele nunca fugiu da missão que Deus lhe deu. Jeremias aceitou o chamado, mas não desejou o dia da aflição que viria com ele.


Isso nos ensina algo muito importante: Servir a Deus não significa estar isento de dificuldades, rejeições ou dores. Muitas vezes, o caminho da obediência inclui sofrimento, mas isso não retira nossa fidelidade.


Além disso, Jeremias expressa sua dependência total em Deus para ser curado e salvo:"Cura-me, SENHOR, e serei curado; salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor." (17.14).


Essa oração é um exemplo para nós: reconhecer que precisamos da restauração e do socorro do Senhor a cada dia, confiando que somente Ele pode nos renovar e sustentar.


APLICAÇÃO PESSOAL

Manter nossa aliança com Deus exige fidelidade no cumprimento da nossa missão. Aproveitemos as adversidades para alimentar nossa fé com Sua Palavra.


Queridos irmãos, a lição de hoje nos desafiou a refletir sobre a importância de manter nossa aliança com Deus de forma fiel e perseverante. Assim como Jeremias, somos chamados a cumprir nossa missão, mesmo diante das adversidades e dificuldades. Essas provações não são para nos afastar, mas para fortalecer nossa fé e nos aproximar ainda mais do Senhor.


Por isso, aproveitemos cada desafio como uma oportunidade para alimentar nossa alma com a Palavra de Deus. Ela é o nosso sustento, a fonte de alegria e força que nos mantém firmes.


Que possamos ser como a árvore plantada junto às águas, que permanece verde e frutífera mesmo em tempos difíceis (Jeremias 17.7). Que a fidelidade à aliança e o compromisso com a missão sejam marcas em nossa vida, para a glória de Deus.



RESPONDA

1) Por que Judá atraiu o juízo de Deus segundo Jeremias 11?

Por quebrar a aliança e seguir a idolatria.


2) Qual foi o significado do cinto de linho e do jarro quebrado?

Simbolizam corrupção e destruição de Judá.


3) O que Jeremias reconhece sobre o coração humano em 17.9?

Que é enganoso e desesperadamente corrupto.



Queridos irmãos, para aprofundarmos ainda mais essa lição tão importante, convido vocês a assistirem à nossa vídeo aula especial.


Lá, vamos explorar juntos cada detalhe da Palavra, entender melhor as mensagens de Jeremias e como aplicá-las em nossa vida diária. Não percam essa oportunidade de crescer na fé e fortalecer seu relacionamento com Deus!



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