Lição 01: Jeremias 1 – O Livro e o Chamado de Jeremias | EBD PECC - 3º Trimestre 2025
- pastorivolucio
- 6 de jul.
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INTRODUÇÃO
Queridos irmãos e irmãs, ao iniciarmos o estudo do livro do profeta Jeremias, somos imediatamente confrontados com uma profunda tensão entre juízo e esperança — dois temas centrais na teologia do Antigo Testamento. Jeremias, conhecido como o "profeta chorão", não apenas anunciou a iminência do juízo divino sobre Judá por causa da idolatria e da infidelidade à aliança, mas também revelou com clareza o coração compassivo de Deus, que deseja restaurar o Seu povo.
O contexto histórico, abrangendo os reinados de Josias, Jeoaquim e Zedequias, é fundamental para compreendermos a gravidade da situação espiritual de Judá. Mesmo com as reformas religiosas promovidas por Josias (2 Reis 22–23), o povo continuou em pecado, mostrando que a transformação verdadeira não acontece apenas por ações externas, mas por um coração regenerado — algo que o próprio Jeremias apontará adiante ao falar da nova aliança (Jeremias 31.31-34), cuja plenitude é cumprida em Cristo (Hebreus 8.6-13).
É também digno de nota que Jeremias exerceu seu ministério ao lado de outros grandes profetas como Ezequiel e Daniel, o que nos mostra como Deus levantou várias testemunhas durante um período de profunda decadência espiritual. Enquanto Jeremias profetizava em Jerusalém, Daniel estava na corte da Babilônia e Ezequiel entre os exilados. Isso demonstra que a Palavra de Deus não foi silenciada, mesmo em meio ao caos — uma verdade que ecoa até nossos dias.
Portanto, ao estudarmos Jeremias, somos chamados a entender que o juízo de Deus é real e justo, mas que Ele nunca perde de vista o Seu plano redentor. Jeremias é um lembrete poderoso de que mesmo diante da destruição, Deus já estava preparando a restauração, e essa restauração se manifestaria de forma plena na pessoa de Jesus Cristo, o mediador da nova e eterna aliança.
I- O CHAMADO DE JEREMIAS (1.1-8)
1- Quem era Jeremias (1.1) Palavras de Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes; que estavam em Anatote, na terra de Benjamim;
O nome Jeremias significa “Jeová estabelece” ou “Jeová exalta”, e isso já aponta profeticamente para o propósito divino em sua vida. Mesmo que seu destino natural fosse o altar do templo, Deus o desviou desse caminho para uma vocação ainda mais desafiadora: o ministério profético. Isso nos ensina que Deus não está limitado às tradições ou às estruturas humanas; Ele chama quem quer, da forma que quer, e para o propósito que Lhe agrada (cf. Amós 7.14-15).
O contraste entre o sacerdócio e o profetismo é teologicamente relevante. Enquanto o sacerdote se ocupava da mediação entre Deus e o povo por meio de ritos e sacrifícios, o profeta era porta-voz direto de Deus, muitas vezes confrontando o próprio sistema sacerdotal corrompido (ver Jeremias 2.8). O sacerdote mantinha a ordem; o profeta frequentemente causava desconforto, expondo o pecado e chamando ao arrependimento.
É interessante notar que Anatote era uma cidade sacerdotal (cf. Josué 21.18), pertencente à tribo de Benjamim. O ministério de Jeremias começou durante um período delicado, logo após o reinado ímpio de Manassés (2 Reis 21), um tempo de grande degradação espiritual em Judá. Isso significa que, desde o início, Jeremias carregava um peso ministerial: falar a uma nação em rebelião, inclusive aos seus próprios colegas sacerdotes.
O chamado de Jeremias também nos aponta para a soberania divina na vocação ministerial. Como lemos em Jeremias 1.5: “Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta”. Essa afirmação ecoa verdades profundas da teologia bíblica: Deus conhece, separa e comissiona Seus servos desde antes do nascimento (cf. Gálatas 1.15; Salmos 139.13-16).
Portanto, Jeremias é um exemplo vivo de como Deus pode romper com expectativas humanas para cumprir Seus propósitos eternos. Seu ministério profético, muitas vezes rejeitado e doloroso, é um chamado à fidelidade mesmo em tempos de apostasia. Ele não escolheu ser profeta — foi separado por Deus. E isso nos leva a refletir: o chamado divino nem sempre é confortável, mas é sempre necessário e transformador.
2- A escolha divina (1.4) Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí; profeta às nações,
Essa declaração é uma revelação gloriosa de que o chamado de Jeremias não foi fruto de circunstâncias ou méritos pessoais, mas parte do propósito eterno de Deus. Isso demonstra que Deus não apenas conhece o futuro — Ele o ordena soberanamente conforme Sua vontade. Jeremias foi escolhido, separado e comissionado antes mesmo de nascer. O Senhor já havia estabelecido seu ministério não só para Judá, mas também “para as nações”, indicando o caráter universal e profético da Palavra de Deus.
Essa verdade encontra eco em outros textos das Escrituras. O apóstolo Paulo, por exemplo, reconhece esse mesmo princípio em sua vida: “Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça” (Gálatas 1.15).Também em Salmos 139.16, lemos: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.”
Esses textos nos ensinam que Deus chama segundo Seus critérios e não segundo padrões humanos. Daí podemos destacar três verdades fundamentais sobre essa soberania:
a) Deus não utiliza padrões humanos:
Enquanto os homens escolhem com base em formação, aparência e habilidades, Deus escolhe com base no coração e no propósito eterno. Lembramos da escolha de Davi: “O Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 16.7).
b) Deus não olha a aparência, mas o caráter:
Aqueles que Deus escolhe, Ele prova, molda e usa. Nem sempre os chamados são os mais admirados ou os mais preparados aos olhos da sociedade, mas são aqueles que se submetem ao tratamento de Deus.
c) Deus não escolhe apenas os capacitados, mas capacita os chamados:
Esse é um princípio central da atuação divina: Ele usa os fracos para envergonhar os fortes (1 Coríntios 1.27). Quando Moisés se sentiu incapaz, Deus respondeu:“Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar” (Êxodo 4.12).
Além disso, duas verdades precisam ser firmemente compreendidas no contexto do ministério:
a) É Deus quem escolhe os Seus obreiros:
Embora o crente deva se dispor com humildade e zelo, a escolha ministerial pertence ao Senhor. Líderes podem reconhecer dons, orientar e discipular, mas a vocação é um ato soberano de Deus.
b) É Deus quem designa a função de cada obreiro:
Efésios 4.11 nos ensina: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres. ”Essa distribuição não é democrática, mas divina. Muitos vivem frustrados espiritualmente porque estão fora da função para a qual foram chamados. O servo de Deus deve buscar em oração e humildade entender qual é a sua designação divina, pois há bênção e eficácia quando se está no centro da vontade de Deus.
3- A relutância de Jeremias (1.6) Então, lhe disse eu: ah! Senhor Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança.
Aqui vemos um jovem tomado pelo temor, insegurança e senso de inadequação. Jeremias reconhece sua limitação, seja por sua idade, por sua inexperiência, ou até pelo peso da missão profética que Deus lhe apresentava.
Essa relutância é profundamente reveladora. Ela não é sinônimo de rebeldia, mas sim de humildade diante da grandeza da tarefa. Muitos servos de Deus reagiram assim diante do chamado:
Moisés, em Êxodo 4.10, declarou:"Ah! Senhor! Eu nunca fui eloquente, nem outrora, nem desde que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua."Ele se via como alguém sem condições de liderar um povo.
Gideão, em Juízes 6.15, disse:"Ah! Senhor meu! Com que livrarei a Israel? Eis que o meu clã é o mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai."Ele também se considerava insignificante demais para ser usado por Deus.
Esses exemplos revelam que a insegurança diante do chamado é comum entre os servos fiéis. E isso nos ensina uma grande lição teológica: Deus não chama os prontos, Ele prepara os disponíveis.
Jeremias tenta recuar, dizendo que é apenas uma criança, expressão que pode significar tanto juventude como imaturidade para falar em público. Ele provavelmente estava em torno de 17 a 20 anos, e sentia o peso de ser a voz profética em meio a uma nação corrupta e resistente.
Porém, o Senhor responde com firmeza e graça:
Jeremias 1.7-8:"Não digas: Não passo de uma criança; porque a todos a quem Eu te enviar, irás; e tudo quanto Eu te mandar, falarás. Não temas diante deles, porque Eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR."
Aqui está a essência do chamado ministerial: a autoridade não vem de quem fala, mas de quem envia. O Senhor garante Sua presença, proteção e direção. Ele não rejeita a honestidade do profeta, mas também não permite que o medo o paralise.
O apóstolo Paulo compreendia essa verdade quando escreveu em 2 Coríntios 3.5-6:"Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros dum novo testamento..."
Portanto, amados, esse episódio revela que a eficácia no ministério não está na confiança própria, mas na dependência do Senhor. Jeremias se via como fraco, mas Deus via um instrumento poderoso em Suas mãos. E é assim até hoje: Ele transforma a fraqueza em força, a timidez em ousadia, e a juventude em autoridade — tudo isso pelo poder de Sua Palavra e da Sua presença.
II- A CAPACITAÇÃO DIVINA (1.9-10)
O chamado de Deus nunca vem desacompanhado de provisão. Aquele que chama, capacita e sustenta. Jeremias, ainda relutante, recebe agora do Senhor as ferramentas espirituais para cumprir sua difícil missão. Vamos observar três aspectos dessa capacitação:
1 – A Palavra de Deus na boca do profeta (Jeremias 1.9)
"Depois, estendeu o Senhor a mão, tocou-me na boca e o Senhor me disse: Eis que ponho na tua boca as minhas palavras."
Esse gesto simbólico, o toque de Deus na boca de Jeremias, representa algo profundo: a autoridade e a inspiração divina. Jeremias não falaria por si mesmo. Ele seria porta-voz do Altíssimo. Essa imagem remete também ao chamado de Isaías, quando o anjo tocou seus lábios com uma brasa viva (Isaías 6.6-7), purificando-o para a missão.
O profeta receberia diretamente a palavra do Senhor, e isso o tornaria inabalável diante das oposições. Como o apóstolo Paulo diria séculos depois:"Toda a nossa capacidade vem de Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros dum novo testamento" (2 Coríntios 3.5-6).A presença da Palavra de Deus na boca do profeta seria a principal arma espiritual em sua batalha contra os líderes corruptos, os falsos profetas e a apostasia do povo.
2 – A missão de Jeremias (Jeremias 1.10a)
"Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos..."
Aqui vemos que o alcance da missão de Jeremias transcende Judá e Israel. Deus o constitui profeta sobre as nações. De fato, Jeremias traz mensagens de juízo não apenas ao povo judeu, mas também aos grandes impérios e povos vizinhos como: Egito, Babilônia, Moabe, Amom, Edom, entre outros (cf. capítulos 46–51).
A corrupção era generalizada:
Reis sem direção, comparados a bêbados (Jeremias 13.13);
Sacerdotes que sacrificavam aos demônios e se afastaram da Lei (Jeremias 2.8);
Profetas falsos, enganadores do povo (Jeremias 5.31).
O profeta deveria:
Anunciar a Palavra como arauto de Deus;
Denunciar o pecado, desmascarando a idolatria e a hipocrisia religiosa;
Conclamar o povo ao arrependimento sincero.
Jeremias carregava em seu coração uma dor profunda pela dureza de coração de sua nação. Ele chorava, clamava e intercedia, razão pela qual ficou conhecido como o "profeta chorão" (Jeremias 9.1 – "Quem me dera que a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos em uma fonte de lágrimas!").
3 – A missão de edificar e derrubar (Jeremias 1.10b)
"...para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares; e também para edificares e para plantares."
Essa parte do versículo expressa de forma equilibrada a dupla natureza do ministério profético:
Juízo e restauração.
Destruição do pecado e reconstrução da comunhão com Deus.
Jeremias deveria, sim, confrontar o pecado e anunciar a queda de Jerusalém e do templo, mas também seria instrumento de esperança, proclamando a promessa de um novo pacto, como lemos em Jeremias 31.31-33:"Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá... porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração."
III- A VISÃO DA AMENDOEIRA E DA PANELA (1.11-19)
Esses três elementos (vara de amendoeira, panela ao fogo e a promessa de fortificação) formam a base do encorajamento profético necessário para um ministério marcado por perseguições, lágrimas e resistência.
1 – A vara de amendoeira (Jeremias 1.11-12)
"Que vês tu, Jeremias? Respondi: vejo uma vara de amendoeira. Disse-me o Senhor: Viste bem; porque Eu velo sobre a minha palavra para a cumprir."
Nesta visão, Deus usa um jogo de palavras em hebraico. A palavra para amendoeira é shaqed, enquanto vigiar ou velar é shoqed. A amendoeira era a primeira árvore a florescer na Palestina, simbolizando prontidão, vigilância e ação imediata. Deus está dizendo: “Assim como a amendoeira desperta cedo, Eu também estou desperto para cumprir o que falei.”
Isso nos lembra que nenhuma promessa ou juízo de Deus cairá por terra. Sua Palavra é viva, eficaz e certa. Como disse Isaías:"Assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz..." (Isaías 55.11).
Portanto, a visão da amendoeira serve como encorajamento: Jeremias não profetizaria em vão. Deus estaria atento para vigiar sobre Sua Palavra e garantir seu cumprimento, seja no juízo, seja na restauração.
2 – A panela ao fogo (Jeremias 1.13-14)
"Vejo uma panela ao fogo, cuja boca se inclina do Norte. Disse-me o Senhor: Do Norte se derramará o mal sobre todos os habitantes da terra."
Nesta segunda visão, a panela fervente representa o juízo iminente que viria do norte — claramente identificado mais adiante como a invasão da Babilônia (Jeremias 20.4-6). A panela inclinada sugere que o conteúdo está prestes a derramar, simbolizando que o mal seria despejado com força sobre Judá. O juízo não era simbólico, mas literal: destruição, cativeiro e dor como consequências do pecado contínuo da nação.
O povo confiava no templo, nas tradições e nos líderes, mas negligenciava a aliança com Deus. A idolatria, a injustiça social e a corrupção espiritual haviam alcançado níveis intoleráveis. Como lemos em Jeremias 5.30-31:"Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles..."
Deus, como fogo consumidor (Hebreus 12.29), agora se levanta para julgar.
3 – A proteção divina (Jeremias 1.18-19)
"Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muros de bronze... Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque Eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar."
Diante de uma missão tão árdua e de tanta oposição, Deus não apenas chama e capacita Jeremias, mas também o fortalece com uma promessa inabalável: a presença contínua e o livramento divino.
As metáforas utilizadas — cidade fortificada, coluna de ferro, muros de bronze — revelam uma proteção estrutural, uma firmeza inabalável, espiritual e emocional. Deus não prometeu ausência de conflitos, mas garantiu que nenhuma oposição prevaleceria contra Seu profeta.
Essa promessa ecoa em outros textos:
“Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8.31)
“Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração...” (Salmos 27.3)
Jeremias enfrentaria reis, príncipes, sacerdotes e até o povo — mas sua vitória não dependeria de aliados humanos, e sim da fidelidade dAquele que o chamou.
APLICAÇÃO PESSOAL
Amados irmãos, ao refletirmos sobre o chamado e a capacitação de Jeremias, somos convidados a olhar para nossa própria jornada cristã com temor, fé e compromisso. Jeremias era jovem, sentia-se incapaz, e foi profundamente rejeitado por aqueles a quem foi enviado — ainda assim, permaneceu fiel porque confiou na soberania e na presença do Senhor.
Assim como ele, somos chamados a confiar que Deus tem um plano para nossas vidas, mesmo quando não nos sentimos prontos ou dignos. A vontade de Deus para nós não se baseia em nossas habilidades, mas na Sua graça e no poder que Ele opera em nós.
Lembre-se:
Deus conhece o nosso interior, nossas limitações e fragilidades — e mesmo assim nos escolhe.
Não devemos temer os desafios nem fugir da missão, pois a presença do Senhor é a nossa fortaleza.
A Palavra de Deus ainda é viva e eficaz, e Ele continua a velar por ela para a cumprir em nossas vidas (Jeremias 1.12).
Mesmo diante da oposição, da incompreensão ou da dor, não estamos sozinhos — “Eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor” (Jeremias 1.19).
Pergunte a si mesmo hoje: tenho me esquivado do chamado de Deus por medo ou insegurança? Tenho confiado mais nas minhas limitações do que na capacidade de Deus? Que tipo de “palavra” o Senhor quer colocar em minha boca?
Decida hoje ser um instrumento de Deus. Seja fiel onde Ele te plantou, e confie que, se Ele te chamou, Ele também te sustentará.








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